Artigo: Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas….

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Por: Gustavo Girotto* e Raphael Anselmo**

Quando revemos a coletiva do despachante de siglas partidárias, Valdemar Costa Neto, ao lado do Magno Malta (dispensa apresentações) – questionando a idoneidade das urnas, uma asserção desperta atenção: “Quem avaliou foi uma equipe do ITA, indicada pelo astronauta e senador Marcos Pontes”, solta Costa Neto.

Vale lembrar que, na pandemia, Bolsonaro chamou uma coletiva – ao lado do mesmo astronauta – para dizer que revelariam um remédio mágico para a cura de Covid-19. Tratava-se de Ivermectina, Albendazol e Nitazoxanida, medicamentos que fazem parte de grupos dos antiparasitários com ação em vários vermes e parasitas, mas totalmente ineficazes contra vírus. Lembram-se?

Importante deixar claro que, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA, é uma das instituições mais respeitadas dentro da área de ensino em engenharia e tecnologia, porém, algumas dúvidas – não sobre ITA, mas aos envolvidos:

  1. Alguém pesquisou os nomes e formação desses engenheiros, dito pelo inelegível Costa Neto?
  2. Eles são mesmo do ITA? Falam pela instituição?
  3. É uma frente voluntária ou estão sendo pagos?
  4. Se pagos, quem está pagando e quanto?
  5. Por que não foi chamada uma equipe multidisciplinar de USP, Unesp, UFSCar, Unicamp e outras instituições?
  6. Por que o questionamento – sendo o mesmo software – só vale para o 2° turno?

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas. Que não encontram, durante a coletiva dos derrotados e renitentes, respostas palpáveis e precisas sobre pleito.

Remete a sinopse da Copa do Mundo de 1950, que terminou com a derrota da seleção e, até hoje, escutamos: “o jogo que nunca acabou (…)”… Parafraseando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso com a reação a um manifestante que o questionou sobre a validade do código-fonte das urnas eletrônicas durante caminhada em Nova York, nos Estados Unidos. Na ocasião, visivelmente impaciente, Barroso virou-se para o homem e disse: “Perdeu, mané, não amola!”.

Nós rebatemos: “sim, eles amolam e não cansam de passar vergonha”…Já deu né, até porque, Valdemar Costa Neto e Magno Malta são a escória da política nacional – sofrem da ausência de credibilidade, são desqualificados e propagadores de mecanismos de caráter duvidoso.

Por fim, Alexandre de Moraes acaba de rejeitar o pedido do PL sobre a verificação das urnas e determinou a condenação do partido de Jair Bolsonaro ao pagamento de multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé. Será que a turma de “engenheiros” do ITA, tutelada pelo astronauta, levaram mais para passar tamanha vergonha nacional?

*Gustavo Girotto é jornalista.

**Raphael Anselmo é economista.

***Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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